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terça-feira, 5 de março de 2013

APOSTILA DE ARTE 2013



Apostila de Ensino da Arte
Professor: Kleber Góes
O que é Arte?
            A arte é uma criação humana com valores estéticos (beleza, equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Atualmente alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para se comunicar. 
Quem faz arte?
            O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Por que o mundo necessita de arte?
            Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a história, para ser usada na cura doenças e para ajuda a explorar o mundo.
Como entendemos a arte?
            O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.
O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?
            Estilo é como o trabalho se mostra, depois do artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único. 
Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o quê, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores e antropólogos costumam classificá-las por categorias e rotulá-las. É um procedimento comum na arte ocidental.  Ex.: Surrealismo 

 

Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?
            Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve. 
Como as idéias se espalham pelo mundo? 

            Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras culturas. Os progressos nas tecnologias também difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas: pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros de arte podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade; pela Internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber sobre outros estilos.
Como mencionado anteriormente, estilo é como o trabalho se mostra, depois do artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único. Assim, Salvador Dalí tinha um estilo diferente de Picasso e de Tarsila do Amaral.
Por esse motivo, a categorização de estilos e movimentos é importante.

Outra Definição de Arte

          Arte :  A palavra arte é uma derivação da palavra latina “ars” ou “artis”, correspondente ao verbete grego “tékne”. O filósofo Aristóteles se referia a palavra arte como “póiesis”, cujo significado era semelhante a tékne. A arte no sentido amplo significa o meio de fazer ou produzir alguma coisa, sabendo que os termos tékne e póiesis se traduzem em criação, fabricação ou produção de algo.
            Fazer uma definição específica para a arte não é simples, assim como determinar a sua função no dia a dia das pessoas, pela possibilidade de exercer funções pragmática, formal ou, ainda, possuir uma dialogicidade entre as duas funções. Muitas pessoas consideram a arte uma coisa supérflua, não compreendendo a subjetividade estética do objeto artístico, que é dar prazer. É claro que existem prioridades para a existência das pessoas, porém ao se emocionar com uma composição de Ravel ou de Van Gogh, por exemplo, terá tido a oportunidade de conhecer a capacidade humana de sentir, pensar, interpretar e recriar o seu mundo com sensibilidade e criatividade. A cultura de um povo é preservada através da sua arte, seja ela popular ou erudita, pois possibilita estudar e compreender aquelas civilizações que não mais existem e cria um sentido para as que ainda hoje fazem a sua história. Há no mundo atualmente diversos povos que são conhecidos pelo resgate de seus objetos artísticos, como: cerâmicas, esculturas, pinturas, arquiterura, música, dança entre outros. A arte nos permite viver melhor, ter diferentes olhares sobre um mesmo objeto ou situação, ela nos faz sonhar. A proposta de um verdadeiro artista, e não de um simples artífice, é tocar os sentidos de quem apreciará sua obra, é possibilitar a fruição da sua arte. O ser humano que lida com a arte, seja ela: cênica, plástica, visual ou sonora, certamente encontra-se passos adiante dos que não têm contato com o objeto estético. É preciso ser artista e se recriar a cada dia.
            Para entender melhor a arte é preciso compreendê-la dentro do contexto de sua produção cultural. Então delinearemos três vertentes da produção artística. Uma dessas formas de arte é classificada como “arte acadêmica” ou “arte de erudita”, que se refere àquelas produções artísticas pertencentes a coleções particulares e que normalmente são conservadas em museus e galerias de arte. Esta forma de arte é a apreciada por um público conhecedor das linguagens artísticas e que possui uma sensibilidade treinada para a fruição dos elementos estéticos contidos nas obras expostas. O artista acadêmico preocupa-se com o desenvolvimento da sua linguagem artística, com a transmissão da própria expressão pessoal, em captar o significado humano de existir e, ainda, em exigir uma postura do público diante do seu modo de ver o mundo.           A “arte popular” ou “folclore” são aquelas produções artísticas menos, ou quase nada, intelectualizada, urbana e industrial. Suas características são o anonimato em relação à autoria, pois se pode até saber que cultura a criou, porém não há como identificar o nome do autor. Ela é uma arte anônima, produzida por colaborações de diferentes pessoas ao longo do tempo. A arte popular expressa o sentimento e as idéias da coletividade, dentro de padrões fixos no seu fazer artístico e é destinada para a fruição do próprio povo que a criou. Esta forma de arte não acompanha o modismo imposto pelos meios de comunicação. Estes meios de comunicação das massas são responsáveis, em grande parte, pelo fomento da terceira vertente da arte, que é da Indústria Cultural “arte de massa”, constituída por produtos industrializados e que se destina à sociedade de consumo. Sua intenção é servir ao gosto médio da maioria população de um país ou até mesmo do mundo.            A Arte de massa é produzida por profissionais de uma classe social diferente do público a que ela se destina, que em geral é semi-analfabeto e/ou passivo diante da sua realidade sociocultural. O modismo e o divertimento como forma de passar o tempo é o que sustenta a arte de massa. No caso desta vertente da arte, o povo é apenas o alvo da produção e não participa da sua concepção.
 
A Cronologia da Arte
A técnica da Linha do Tempo Cronológico da História da arte segue paralelamente à Linha do Tempo da História da humanidade, sendo que as datas são apenas marcos históricos, e muitas vezes, apenas datas aproximadas da evolução cultural e social do homem e ou de suas civilizações. A Arte nunca foi e nunca será um compartimento estanque. Todas as correntes artísticas continuam a coexistirem em diferentes graus de evolução. A Arte Pré-Histórica, por exemplo, continua existindo até hoje em vários lugar do Planeta devido ao grau de evolução de algumas culturas, muitas das quais ainda estão no que chamamos Idade da Pedra.
· Pré-História
· Idade Antiga
· Idade Média
· Idade Moderna
· Idade Contempôranea.

Pré-História
 Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.
     
 Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram antes do surgimento das primeiras civilizações e, portanto, antes da escrita. No entanto, isso pressupõe uma grande variedade de produção, por povos diferentes, em locais diferentes, mas com algumas características comuns.
      A primeira característica é o pragmatismo, ou seja, a arte produzida possuía uma utilidade material,  cotidiana ou mágico-religiosa: ferramentas, armas ou figuras que envolvem situações específicas, como a caça.     As manifestações artísticas mais antigas foram encontradas na Europa, em especial na Espanha, sul da França e sul da Itália e datam de aproximadamente de 25 000 a.C.,


Períodos da Pré história.
Ø O Período Paleolítico Inferior (do grego paleos = antigo + lithos = pedra) é o período mais longo da
Pré-História. Ele abrange a fase das glaciações, quando baixas prolongadas da temperatura provocaram a expansão da calota polar, alterando profundamente o clima do Hemisfério Norte. A América do Sul também sofreu glaciações, mas antes que o homem nela se fixasse.
Os geólogos identificam quatro glaciações no Hemisfério Norte. Elas começaram cerca de 600000 anos atrás e se prolongaram, intercaladas com longos períodos mais cálidos, até perto de 10000 a.C. Durante as épocas glaciais, os ancestrais do homem atual abrigavam-se em cavernas e viviam basicamente da caça. As vezes, a escassez de alimento os obrigava ao nomadismo. Para abater os grandes mamíferos dessas fases de baixas temperaturas (mamutes, rinocerontes lanudos, bisões e alces), os homens começaram a organizar-se em grupos e a estabelecer laços de cooperação e solidariedade, pois disso dependia a própria sobrevivência da espécie.
O maior passo dado pelo homem no Paleolítico Inferior foi a utilização do fogo, que lhe permitiu aquecer-se, obter iluminação à noite, afastar animais ferozes e cozer alimentos. Esse grande avanço deveu-se ao Homo erectus. Inicialmente, os homens procuravam conservar o fogo provocado por causas naturais (queda de um raio sobre uma árvore ou um incêndio florestal); depois, por volta de 500 000 a.C., passaram a desenvolver   técnicas para produzir fogo.
Os primeiros utensílios de pedra eram muito simples (daí o nome de Idade da Pedra Lascada, dado ao Período Paleolítico). Com o decorrer do tempo, esse instrumental tomou-se mais elaborado, inclusive com a adição de componentes de madeira. As amas evoluíram, surgindo as lanças, facas e machadinhas. E, como a expansão dos grupos humanos começou a gerar conflitos, os artefatos de caça foram adaptados para a guerra.
Ø  O Paleolítico Médio é um conceito que compreende um espaço temporal, cultural e geográfico mais restrito do que os períodos do Paleolítico que o antecedem e sucedem.
            O homem de neanderthal, a distribuição geográfica (Europa), as técnicas de talhe (indústria musteriense) e a cronologia (200.000 a 30.000 anos a.C.) são características que definem este período da pré-história.
            É nesse período que surgem os primeiros sambaquis, (do tupi tamba'kï; literalmente "monte de conchas") encontrados principalmente nas regiões litorâneas da América do Sul; devido ao fato de serem nômades, permaneciam num determinado local até que se esgotassem os alimentos, quando então partiam; neste local amontoavam conchas, restos de fogueiras e animais. Era também aí que enterravam os mortos, junto a seus pertences (colares, vestes, ferramentas e cerâmicas), ou seja, um conceito primitivo de religião já se formava.
Ø Período Paleolítico Superior: 40000 a 10000 a.C.
            O Período Paleolítico Superior coincide aproximadamente com a última glaciação. O homem de Cro-Magnon, que surgiu por volta de 40000 a.C., é o representante característico do período. Essa subespécie do Homo sapiens dividiu-se em várias culturas locais, distribuídas pela Espanha, Sul da França e Europa Centro-Oriental.
            Os Cro-Magnon ainda eram coletores, caçadores e pescadores. Seus instrumentos, porém, passaram por transformações. Como o gelo dificultava a obtenção de pedras, diversos utensílios começaram a ser confeccionados com ossos e marfim; o arco e a flecha surgiram nesse período, bem como arpões e agulhas.
            Em parte devido ao longo tempo que passavam dentro das cavernas, mas graças sobretudo ao desenvolvimento da própria inteligência, os homens do Paleolítico Superior deram início à produção artística, pintando animais e cenas de caça nas paredes das grutas. Essa arte rupestre (isto é, pintada ou gravada na rocha), além de sua concepção realista, possuía uma função mágica porque, ao executá-la, o homem acreditava estar garantindo caça abundante para seu grupo.
           

            Na mesma época do Período Paleolítico, começaram a ser esculpidas estatuetas femininas em marfim, com alguns centímetros de altura, que os especialistas hoje chamam de Vênus (do nome da deusa greco-  romana do amor e da beleza feminina). Essas figuras eram dotadas de seios fartos e quadris exagerados, o que certamente as vinculava à idéia de fertilidade.
Ø Neolítico ou Idade da Pedra Polida
Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização,  a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.

Ø IDADE DOS METAIS Primeiro metal utilizado foi o cobre. Mais tarde descobre-se a liga do cobre com o estanho, obtendo o bronze. Nesse período, o crescimento da população se acentuou. As pequenas comunidades foram se desenvolvendo, algumas passaram a dominar grandes extensões de terra e outros grupos. Surgem as primeiras cidades.
           








PRODUÇÃO E RELAÇÕES SOCIAIS Os homens se diferem dos animais porque PRODUZEM À medida que foram sendo aperfeiçoados os instrumentos de trabalho e que estes passaram a ser propriedade privada, as relações de ajuda foram sendo substituídas pelas de exploração.
Na França encontramos o maior número de obras pré-históricas e até hoje em bom estado de conservação, como as cavernas de Altamira(Brasil), Lascaux (França)e Castilho.
      Os povos antigos, antes de conhecerem a escrita, já produziam obras de arte. Os homens das cavernas faziam bonitas figuras em suas paredes, representando os animais e pessoas da época, com cenas de caças e ritos religiosos. Faziam também esculturas em madeira, ossos e pedras; os cientistas estudam esses objetos e pinturas, e conseguem saber como viviam aqueles povos antigos.  
      Além da arte dos povos pré-históricos, também é considerada arte primitiva aquela produzida pelos índios e outros povos que viviam na América antes da vinda de Colombo. Os maias, os astecas e os incas representavam a arte pré-colombiana. São pinturas, esculturas e templos maravilhosos, feitos de pedras ou materiais preciosos, que nos contam a história desses povos.  
      Na atualidade e também há arte primitiva: os negros africanos, que produzem máscaras para rituais, esculturas e pinturas; os nativos da Oceania (Polinésia, Melanésia, etc.) também tem arte primitiva com estilo próprio; assim também os índios americanos produzem objetos de arte primitiva muito apreciados entre os povos atuais.

Definição Geral: Na sua definição estrita, considera-se arte pré-histórica as manifestações que existiram antes do advento da escrita no planeta como um todo. Isso pressupõe, como se pode imaginar, uma heterogeneidade que dificilmente pode ser submetida a uma classificação dentro de características uniformes, como se tratasse de um movimento artístico dentro da história da arte. De fato, é valido perguntar a partir de que momento começou a existir uma arte pré- histórica e quais são as manifestações que devem ser analisadas como tal.

”Nos dias atuais todos nós falamos, se não a mesma língua, uma espécie de linguagem universal. Nao existe um único centro e o tempo perdeu sua coerência. Leste e Oeste, passado e futuro se misturam dentro de nós. Diferentes tempos e espaços se combinam aqui, agora, tudo de uma vez só.”
Octavio Paz - Poeta mexicano


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